Moradores do Cara cara passam por situação dificil com a chuva de hoje.

São vinte duas horas e trinta e três minutos, cheguei a cinco min em casa, não muito alegre, algumas pessoas já me falaram isso, e ainda não aprendi passar da porta de casa e deixar para trás os problemas do mundo, do trabalho, e acho que vai demorar para aprender. Cheguei da região do cara-cará, um bairro da cidade de Ponta Grossa localizado na saída para o município de Palmeira. Recebi inúmeras ligações para que estivesse me dirigindo ao local para ajudar o pessoal que estava em situação difícil por conta da chuva de hoje a tarde. Fui. Pensando que o problema seria?
Talvez as ruas não pavimentadas.. que acabam ficando intrafegáveis por causa da lama. Mas não, era muito pior, os bombeiros tinham chegado pouco antes de mim, logo em seguida o siate.

Muitas famílias desabrigadas, casas alagadas, móveis, roupas , alimentos, utensílios envolvidos em lama, ou erguidos protegidos da água, a região sofreu um dos maiores alagamentos. O muro da Igreja São João Batista considerado grande e forte, desmoronou com a pressão da água e da lama, moradores da região se mobilizaram para ajudar famílias e limpar o salão de festas da Igreja para abrigar as famílias desamparadas. Para piorar a situação, as pessoas estavam no escuro, sem energia, ruas escuras, casas no escuro..

Também estive na Vila Próxima do Super Mercado Tozetto de Oficinas, muitas residências invadidas pela água, que acaba destruindo muros, deteriorando construções, trazendo desespero...
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Agradeço ao Diretor da Defesa civil que atendeu cordialmente ao meu telefonema por volta das 21h pedindo socorro a essas pessoas do cara cara, segundo as informações o Coronel estaria deslocando algumas pessoas para Casa da Acolhida e para o Ginásio de Esportes Oscar Pereira.
Uma visão triste, cada casa que entrei, cada pessoa que falei, causa um sentimento de impotência, de vazio... não tem como esquecer depois que entro dentro da minha casa.