
PROBLEMAS CARCERÁRIOS
Na cidade de Ponta Grossa temos problemas de ordem carcerária muito grande. Mas, se fizermos uma pesquisa, descobriremos que esse problema não ocorre apenas em nossa cidade, mas sim em todas as cidades de nosso país, principalmente nos grandes centros.
O problema da superlotação é o que mais preocupa. Em cada cela superlotada deste país existe uma condição desumana de sobrevivência. É o que acontece no nosso cadeião, o Hildebrando, onde acontece um revezamento para os detentos dormirem, pois o local não tem espaço físico para que todos possam repousar ao mesmo tempo.
Outro problema grave são as doenças sexualmente transmissíveis. O número de casos da doença aumenta cada dia mais entre os presos, fazendo com que a situação se torne insustentável.
Tais fatos levam a outro dado importante: as rebeliões e as fugas estão se tornando constantes nos presídios brasileiros, pois estão juntos em uma mesma cela criminosos primários e homicidas, seqüestradores, estupradores.
Outro dado importante é que os funcionários dos presídios não estão preparados adequadamente e não são remunerados à altura de sua responsabilidade, tornando-se alvos fáceis de corrupção por parte dos presidiários.
Como se pode perceber, os problemas carcerários são de difícil solução e aumentam a cada dia. Estão longe de serem resolvidos, pois cada vez mais pessoas são condenadas e recolhidas nas penitenciárias. E como colocá-las em um local onde não cabe nem os que já estão lá?
Temos que fazer algo para reverter essa situação, pois da forma que se encontram os cárceres no país será impossível reabilitar qualquer preso, pois nossas cadeias se tornaram uma espécie de “escola do crime”, transformando-se hoje apenas em depósitos entulhados de seres humanos.
Sabemos que nos encontramos em uma situação difícil, pois com o crescimento do consumo de drogas o aumento do número de infratores da lei, os traficantes também aumentam. Desta forma, o número de usuários que cometem crimes também aumentará, e estes, quando condenados, aumentarão o número de seres encarcerados.
Assim, o problema cresce a cada dia que passa.
O que fazer? Qual a solução?
*Luiz Paulo Rover é empresário pontagrossense.
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