
A Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG), fundada no dia 18 de junho de 1922, é uma entidade declarada como de “utilidade pública”, com fins não econômicos e um órgão de representação.
A ACIPG tem como princípios defender a classe que representa, os seus ideais e objetivos econômico-sociais; manter e incentivar a unidade das classes; incentivar tudo que possa trazer progresso para o município; esclarecer a opinião pública no que tange a função da empresa na sociedade; apoiar os poderes constituídos , quando coerentes em suas finalidades democráticas, e denunciá-los quando o contrário; defender a democracia; e combater o abuso do poder econômico.
À ACIPG compete representar as classes que formam o seu quadro associativo, defender os legítimos interesses e direitos dos mesmos, incentivando a solidariedade entre as classes, dirimir os conflitos e pendência entre associados, intervindo por meios suasórios ou como arbitro quando solicitado e outras competências.
A ACIPG conta com mais de dois mil associados, sendo a maior de toda a região em números.
Até alguns dias atrás era a entidade de classe de maior representatividade e respeito em nossa comunidade. Porém, mas a diretoria e o seu presidente entraram em rota de colisão. Infelizmente, ninguém fez nada para que a colisão não ocorresse.
Agora temos uma entidade que lavou sua roupa suja na imprensa, buscou bodes expiatórios e culpados, até mesmo fora da entidade, pessoas e fatos estes alheios aos seus acontecimentos internos. A comunidade não está entendendo o ocorrido, pois os motivos são muito pequenos, pelo que se mostrou, para ter ido para aonde foi a situação.
O conselho de representantes e a diretoria pediram o afastamento temporário do presidente. Pelo que se pode deduzir, esse pedido de afastamento não seguiu o que determina o estatuto da entidade. Assim sendo, o presidente está voltando pela força da lei, através de uma liminar concedida por um juiz de Ponta Grossa.
Não quero aqui discutir o regulamento estatuário, que é o que define e decide qual o caminho a se tomar em todas as situações de impasses dentro da entidade. Quero, sim, discutir o que diz respeito à ética e ao melhor para a ACIPG nesse momento. No meu entendimento, o melhor é o afastamento de toda a diretoria e do presidente da ACIPG. Convoca-se, então, o conselho de representantes para assumir o seu comando, com a promessa de realização de nova eleição no menor espaço de tempo, como disposto no estatuto.
Pelo tempo que tenho de experiência de entidades de classe, inclusive por dois mandatos como vice-presidente na entidade a qual estou aqui me referindo, não conseguimos ver que ainda seja possível essa diretoria continuar a representar e decidir pela ACIPG, como o atual presidente quer, mantendo-se no cargo através de mandado de segurança. Isso é impossível!
Temos muito carinho e estima pela ACIPG, pelo que ela representa em nossa comunidade. Sendo assim, gostaria que os diretores e o presidente também o tivessem e tomassem uma decisão e uma postura para o melhor, ou seja, uma renúncia coletiva, deixando que a entidade tome o rumo do entendimento, da recuperação da boa imagem abalada, da representatividade e da credibilidade que sempre teve, mas que agora se encontra arranhada. Só uma nova diretoria eleita pode conseguir que tudo isso que ansiamos aconteça o mais rápido possível.
Presidente e diretores da ACIPG: em nome de todos os pontagrossenses, pelo que essa entidade representa para a nossa comunidade, renunciem o mais breve possível. Nós lhes agradeceremos de todo coração!
* Luiz Paulo Rover é empresário.
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