OS AEROPORTOS DE PONTA GROSSA

O Aeroporto Santana, instalado no bairro do Cará-Cará há mais de 50 anos, da forma como foi concebido e ampliado, tinha condições para receber as aeronaves da época. Hoje oferece condições apenas para receber aeronaves de pequeno porte. Com o aumento do tamanho e o peso das aeronaves existentes, tanto as comerciais quanto as de passageiros, é preciso reforçar e ampliar a extensão da sua pista. A sua ampliação não é possível, pois, em um sentido existe uma área com erosão provocada pela extração de areia; no outro sentido existe uma camada de terra de péssima qualidade para base e uma grande quantidade de água, linha férrea e outros empecilhos. Desta forma, é impossível ampliar esse aeroporto para as necessidades de receber grandes aeronaves, como é o desejo para nossa região. Assim sendo, torna-se necessário pensar em outro aeroporto e em outra área da cidade.
Devido a essa necessidade, as pessoas que detêm cargos políticos e a população estão à procura de soluções para esse problema. Existem três novos locais para a construção desses novos aeroportos, que são:
Aeroporto de cargas do deputado Marcelo Rangel: depois de muitos estudos e pesquisas se chegou à conclusão de que a melhor área para a instalação desse aeroporto de carga seria dentro do perímetro do município de Tibagi, situando, aproximadamente, a 30 quilômetros da cidade de Ponta Grossa e a 60 quilômetros da sede do município no qual se instalaria. O investimento de grande monta faria com que toda a região se desenvolvesse. Seria algo realmente magnífico, a realização de um sonho para todos da região. Existe apenas um inconveniente aos pontagrossenses: o Imposto sobre a de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que lá fosse arrecadado, iria pra o município vizinho e não para a nossa cidade.
A cidade de Maringá hoje colhendo os frutos do ICMS, em seu novo aeroporto, que está sendo utilizado como de carga.
Temos, também, o aeroporto do prefeito Pedro Wosgrau Filho, que se instalaria no bairro do Taquari dos Polacos, nos perímetros do município de Ponta Grossa, cujo estudo e projeto foram executados pelo Governo do Estado na gestão Jocelito Canto e do secretário de Indústria e Comércio, Herculano Lisboa.
Pelo que me recordo, essa é a primeira reivindicação de nosso município à classe política nesses mais de 25 anos que participo de entidades de classe em Ponta Grossa, que apresenta um estudo e um projeto completo juntamente com a reivindicação. Parabéns ao nosso secretário João Luiz Kovaleski, por estar dando uma demonstração de maturidade na Administração Pública Municipal. A grande vantagem seria que todo o ICMS gerado pelos negócios dentro desse aeroporto resultaria em aumento de arrecadação para o nosso município.
Temos, ainda, o aeroporto de um leitor do “Jornal da Manhã”, que sugere que seja instalado e construído sobre a torre da catedral. Reconheço que seria um aeroporto bem central, mas gostaria de colocar ao amigo idealizador que se teria muita dificuldade em aprovação, pois o local é altamente habitado e o protesto seria grande. Consideramos a ideia desse aeroporto não muito oportuna.
Estamos colocando aqui que analisamos e valorizamos todas as propostas feitas para o crescimento e desenvolvimento da nossa querida cidade, e pedimos desculpas por termos colocado a sugestão de instalação do leitor do jornal, de uma forma irônica, pois o que vemos é que enquanto se demonstra maturidade ao reivindicar a construção de um novo aeroporto um projeto elaborado, estamos ainda atirando para todos os lados, não unindo nossas forças e energias para que realmente tivéssemos condições de ter algum êxito e sucesso nas nossas lutas.
Sabemos que é utópico imaginar os políticos se unindo em prol do bem comum. Mas queremos acreditar em um futuro onde isso acontecerá, onde o bem comum será mais importante do que o individual.
Ponta Grossa tem que escolher qual das opções citadas é a mais viável e possível, devendo unir todas as suas forças e energia para que tenha êxito na sua reivindicação e o anseio da comunidade se torne realidade.
* Luiz Paulo Rover é empresário.

“Em minha opinião, não podemos esquecer que a região do Taquari dos polacos, tem proximidade considerável ao perímetro urbano, e a poluição sonora é um agravante, que não pode ser esquecido. Patrícia Ecave .”