
O secretário-geral da ONU, Ban Kin-moon, inaugurou a nova sala do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça, reestilizada pelo artista espanhol Miquel Barceló. A obra, financiada em parte pela Espanha, gerou polêmica por causa do custo elevado do trabalho, orçado em mais de 20 milhões de euros (R$ 58 milhões). Na inauguração, Ban afirmou que a nova sala representa um "símbolo do multilateralismo", ao elogiar o estilo inovador criado pelo artista. Barceló recobriu a abóbada da sala com estalactites multicoloridas de alumínio que mudam de tom dependendo do lugar de onde são vistas.
A Sala dos Direitos Humanos e da Aliança das Civilizações, como passa a ser chamada, foi reestilizada com uma abóbada de 1.500 m2 coberta de cores brilhantes e custou mais de 20 milhões de euros (R$ 58 milhões). O artista usou mais de 100 toneladas de tinta com pigmentos importados do mundo inteiro. O teto demorou um ano para ser feito e Barceló trabalhou com arquitetos, engenheiros e físicos para desenvolver um alumínio forte para que a abóbada não cedesse.
"Este espaço é um pouco de ficção científica, é como um conselho intergalático, com gentes e idiomas muito diferentes, com opiniões tão opostas", disse Barceló, 50, considerado um dos principais expoentes da arte contemporânea.
Polêmica : O governo espanhol disse que arcou com 40% dos custos da obra e o restante teria sido pago por doadores privados. Do dinheiro público, 500 mil euros (R$ 1,4 milhão) são provenientes de um fundo para o desenvolvimento e de organizações internacionais como a ONU. O Partido Popular (PP) da Espanha, de oposição, reclamou, dizendo que esse dinheiro poderia ter sido usado para projetos contra a pobreza e para a saúde em países subdesenvolvidos.
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