
Voltamos a comentar nesse espaço informações sobre saúde mental. Várias famílias têm entrado em contato conosco, buscando informações e registrando suas reclamações. Na última visita do secretário de saúde do Estado em Ponta Grossa, recebemos a informação de que não era possível mais a abertura de leitos psiquiátricos.
O blog teve inúmeros acessos(http://reporterpatricia.blogspot.com/2008/01/sade-psiquitrica-pede-socorro.html) questionando os problemas do setor.
Buscamos informações da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa do Paraná, através do Dep.Estadual Ney Leprevost (foto) sobre a atual situação e apresentamos inúmeras reivindicações, perguntamos ainda o que a comissão poderá fazer, após um quarto contato o Deputado apenas sugeriu uma mobilização dos prejudicados e praticamente passou a responsabilidade para os Deputados de Ponta Grossa, sem apresentar mais dados e informações.

Continuamos na busca de informações e conseguimos uma conversa com Elaine Rodella (foto), Coordenadora do Sindisaúde (sede em Curitiba) que nos recebeu cordialmente e de forma esclarecida trouxe várias informações.
Segundo Elaine a reforma psiquiátrica aconteceu na década de 90, ficou proibido por lei estadual e federal, ter hospital somente com leito psiquiátrico. Porque antes os pacientes que tinham problemas mentais ficavam muitas vezes abandonados, sem tratamento, sem terapia adequada, portanto sem condições de reintegração a sociedade. A reforma propôs o ambulatório de saúde mental e os leitos ficaram em hospital geral. Cada hospital credenciado pelo SUS com sua ala especifica de saúde mental. Explicando: se o SUS tem um hospital conveniado, 10% dos leito desse hospital tem que ser de atendimento para o setor psiquiátrico. Elaine explica ainda que a crise do setor psiquiátrico no Paraná se deve a rede ambulatorial, o Caps no caso, que existe de forma insuficiente, falta funcionários e investimentos, não tendo uma rede que tenha um atendimento diário o paciente entra em crise e precisa de tratamento. Portanto é necessário mais criação de Caps, mais compromisso do estado e dos municípios cumprindo seu papel enquanto gestor público.
O estado e o município deveriam criar uma rede própria de serviços pra que se evite que a população que necessita fique refén do setor privado que oferece o serviço da forma que achar conveniente. O Sindisaude defende que o estado tenha sua rede pública de saúde própria.
Convidamos ainda o Dr Antonio OLivio Rodrigues, da Secretaria Municipal de Saúde do Muncípio de Ponta Grossa, que esteve conosco nos estúdios da Rádio Central para responder a questionamentos:
Nos vídeos abaixo você acompanha alguns momentos da entrevista, e informações importantes como o programa “De volta para casa” e o posicionamento sobre o assunto do Dr.Antonio OLivio:
Com relação ao atendimento infantil, Dr.Atônio informou que esta prevista para o próximo ano a construção de um Caps para crianças no município. Agradecemos a participação e o convite feito a equipe pelo Dr Antonio, para conhecermos a estrutura disponível do município para o setor de saúde mental.
Comentamos informações sobre concursos públicos e profissionais do setor além dos primeiros passos que pessoas com problemas psiquiatricos devem tomar:
Para mais informações os moradores de Ponta Grossa – Pr podem entrar em contato diretamente na Secretaria Municipal de Saúde pelo telefone: (042) 3220-1214.
Imagens: Cerli Becker.
• Conosco nos estúdios participou também o locutor Gerson Sênior.
5 comentários:
Antonio Olivio é um dos grandes profissionais desta cidade, e merece todo nosso reconhecimento.
Nossos cumprimentos a equipe por trazerem profissionais desta competência.
Esclarecimentos são sempre importantes, pelo que se percebe nos resta aguardar o Hospital regional para que se abram mais leitos psquiatricos e a demanda da população seja amenizada.
João S.Portes.
São informações esclarecedoras querida Patrícia, mas infelizmente muitas famílias e pessoas c/essa dificuldade ficaram na mesma, entendemos que agora dependemos da boa vontade do executivo estadual na liberação de verbas.
Trabalho na rede pública, quero enviar os meus cumprimentos..
a rádio central..
Pelo trabalho que estão desenvolvendo, idependente de bandeiras..
Olá, Patrícia! Não pude acompanhar a programação da rádio neste dia, mas quero parabenizar a idéia dos vídeos.. é uma outra forma de informação e bastante interessante..
Abraço a todos da rádio.
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